O índice que mede a inflação dos alugueis é o IGP-M e, para surpresa de muitos, o mesmo mostrou-se negativo no mês de abril em -0,95% e seu acumulado nos últimos 12 meses foi de -2,17%.
O respectivo índice é calculado com base na variação de preços de produção, do consumidor e custos da construção civil. Desde o ano de 2018, o índice não tinha variação negativa.
Entretanto, mesmo o IGP-M apontando negatividade, o mercado de alugueis encontra-se em alta. Isso porque o preço do aluguel está mais ligado a oferta e demanda do que mesmo as próprias variações do IGP-M, uma vez que o índice é utilizado apenas para atualização dos contratos de aluguel em vigência, não servindo como parâmetro para oferta de imóveis no mercado.
Assim, quem pretende alugar imóvel irá se deparar com os preços do mercado, pouco importando neste momento as oscilações do índice.
Por outro lado, quem está com contrato ativo e com previsão de reajuste para o mês de maio, por exemplo, poderá usar como argumentação a queda do IGP-M para que seu contrato permaneça com o valor inalterado.
Destaque-se que isto não é uma máxima e sim um ponto de debate entre inquilino e proprietário.
Deve-se destacar que não existe contrato de locação que preveja ou atrele a queda do IGP-M a uma diminuição do valor do aluguel, até porque este índice tem em seu fator a correção do período contratual.
Diante deste cenário, algumas imobiliárias já estão adotando outros índices de reajustes dos alugueis, a exemplo do IPCA, que é o índice que mede a inflação.
Sendo assim na hora de firmar um contrato de aluguel, fique atento ao índice de reajuste que será utilizado.
Já na hora do reajuste anual, procure manter a harmonia entre partes, ajustando corretamente o valor mensal ou mantendo o mesmo, para não espantar o inquilino. Nessa hora o bom senso entre locador e locatário, sempre prevalece.
Fica a dica e até a próxima.
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